A farmacêutica Pfizer anunciou na última sexta-feira (5) que seu remédio experimental paxlovid, quando tomado logo depois do desenvolvimento dos sintomas de covid-19, reduz drasticamente o risco de hospitalização e morte pela doença. Um remédio diferente, o molnupiravir, produzido pela Merck em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics também já está em revisão em alguns países e foi aprovado no Reino Unido no dia 04/11.
As vacinas irão permanecer como proteção primária contra o coronavírus, mas os remédios que contenham infecções podem ser poderosas adições para os médicos no controle da pandemia.
Os tratamentos dependem do diagnóstico rápido da doença, pois devem ser prescritos dentro de poucos dias após o surgimento dos sintomas. O medicamento da Pfizer reduziu o risco de hospitalização ou morte em 89% quando administrado dentro de 3 dias após os surgimento dos primeiros sintomas, enquanto o medicamento da Merck-Ridgeback reduziu o risco em 50% administrado dentro de 5 dias.
Um regime de 5 dias da droga da Pfizer impede que o vírus faça cópias de si mesmo, e foi considerado tão forte, que durante o estudo um comitê independente que monitorava o ensaio clínico recomendou que fosse interrompido mais cedo. Os dados ainda não foram publicados ou revisados por pares.
A Pfizer já começou a produzir o medicamento e planeja fabricar mais 180.000 caixas de remédio com o tratamento completo até o final deste ano. E para o próximo ano, a companhia quer aumentar rapidamente a produção para pelo menos 21 milhões da caixas no primeiro semestre, com a produção total de 50 milhões em 2022. A empresa ainda não divulgou o preço do medicamento.
Fonte: The Washington Post